A bancada do NOVO na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro protocolizou na noite desta sexta-feira (29) um pedido de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC).
Na peça, assinada pelos deputados estaduais Alexandre Freitas (NOVO/RJ) e Chicão Bulhões (NOVO/RJ), é relatada a investigação do Ministério Público Federal que conectou uma relação suspeita entre um empresário fornecedor do Estado e o governador.
O MPF investiga se o governador obteve vantagens ilícitas por meio de contratos de advocacia firmados por sua esposa, a advogada Helena Witzel, casada em comunhão universal de bens, com operadores do empresário.
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“Em todos os indícios levantados contra o governador Wilson Witzel, é notável testemunho de um homem muito abaixo de seu cargo, em permanente confronto com a honra, a dignidade e o decoro esperados de alguém eleito para governar o maravilhoso Estado do Rio de Janeiro. Depois de um processo eleitoral como o de 2018, esperava-se ao menos um governo disposto a mudar; o que recebemos foi um homem vocacionado para o crime”, diz a peça feita pelos parlamentares do NOVO.
Em comunicado enviado à imprensa, o deputado Alexandre Freitas ressaltou que começaram a fiscalizar contratos emergenciais em abril e que, até o momento, já “foram feitas 8 denúncias com suspeita de irregularidades”.
“Hoje a gente conclui esse trabalho de fiscalização pedindo o impeachment do governador. O pedido de impeachment do NOVO deverá ser apensado a outros dois requerimentos de impeachment já protocolados na Alerj por deputados ligados ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, e por deputados do PSDB. Oficialmente, a Alerj não informou prazo para aceitação ou não da instauração do impeachment”, pontuou.
Presença de liberais
Apesar da denúncia, o governo do Rio tem a presença de figuras relevantes do movimento liberal, como o ex-presidente do Instituto Liberal, o secretário estadual Bernardo Santoro, e o engenheiro Roberto Motta, fundador do Partido Novo, que chegou ainda a ser secretário especial de segurança pública e assessor do governador encarregado de projetos estratégicos.
Em nota divulgada nas redes sociais, Santoro comentou nesta quinta-feira (28) a Operação Placebo, deflagrada na última terça-feira (26) que teve entre os alvos Witzel e sua esposa.
“[Foi] um completo absurdo a violência à qual foi submetido o Primeiro Casal do Rio de Janeiro, não tendo havido conteúdo probatório suficiente para esse tipo de medida”, afirmou, pontuando ainda que, até o momento, “o único ato imputado objetivamente ao governador foi a reabilitação de uma OS” investigada. [1]
Confira, abaixo, o pedido na íntegra obtido pelo Boletim da Liberdade:
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