Um dia após deixar o governo, o empresário e ex-secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, anunciou em artigo publicado no site Brazil Journal que “concluiu” que traz mais resultados dedicando o próprio tempo “aos institutos liberais Brasil afora” do que atuando de dentro do governo. [1]
No texto, Mattar classificou como “experiência única ter sido servidor público” e que “aprendeu” que as lógicas que imperam na iniciativa privada e no governo são diferentes.
“Não é melhor nem pior, apenas diferente. São mundos absolutamente distintos habitados por faunas, regras, leis e comportamentos próprios. Mundos que deveriam ser complementar mas, ao contrário, competem entre si”, pontuou.
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Na avaliação de Mattar, os “liberais ‘de fora’ que vieram para o governo cabem num micro ônibus e são vistos como pessoas bem intencionadas, cheias de novas ideias, sonhadoras e inexperientes que querem mudar tudo”. Contudo, ainda que aplaudida, a pauta pela redução do Estado é “pouco apoiada”.
Sobre a Secretaria de Desestatização que comandou, por sua vez, opinou como sendo um órgão que acabou desenhado “sem autoridade para execução” e que o processo de privatização é “burocrático e lento”, apesar de que “alguns se esforcem”.
O empresário afirmou que o Estado possui 698 empresas “entre as de controle direto, suas subsidiárias, coligadas e com simples participações” e que “não quer ser amputado”.
Mattar pontuou ainda que “sempre teve apoio direto do presidente Bolsonaro e do ministro Guedes” e que nos últimos 19 meses foram realizados “R$ 150 bilhões em desestatização”.
Um dos proprietários da locadora de veículos Localiza, Salim Mattar foi, ao longo das últimas décadas um dos principais financiadores do movimento liberal brasileiro, ajudando a patrocinar eventos e organizações que se dedicam à difusão do ideário liberal. Contudo, interrompeu seu apoio financeiro ao entrar no governo.
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