A relação entre o presidente da Câmara dos Deputados e o ministro da Economia não vai bem – e não parece haver nenhuma intenção por parte de Rodrigo Maia de esconder isso. Nesta sexta-feira (4), o parlamentar foi explícito quanto aos sentimentos do ministro Paulo Guedes a seu respeito: uma tentativa de reconciliação é inútil. [1] [2] [3]
“Nem precisa mais. Agora já fiz todas as minhas tentativas. Eu sou um político paciente, mas acho que a gente vai perder tempo. De fato, o Paulo Guedes não gosta de mim. Se a pessoa não tem uma boa relação, não adianta perder tempo”, disse Maia. O presidente da Câmara se queixou nos últimos dias de que Guedes têm proibido as suas reuniões com os secretários do ministério.
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“Eu não tenho conversado com o ministro Paulo Guedes. Ele tem proibido a equipe econômica de conversar comigo. Ontem, a gente tinha um almoço com o Esteves Colnago e com o secretário do Tesouro para tratar do Plano Mansueto, e os secretários foram proibidos de ir à reunião”, havia dito Maia na quinta-feira (3). As declarações suscitam preocupações quanto ao andamento das reformas, em especial a reforma administrativa.
O esforço de Rodrigo Maia, entretanto, foi no sentido de afastar qualquer temor. “O problema que Guedes tem comigo não pode prejudicar o país”, asseverou. A especulação do presidente da Câmara, que diz não saber o exato motivo do desentendimento entre os dois, é que o estopim teria sido a divergência a respeito da criação de um novo imposto sobre movimentações financeiras.