O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) lançou, nesta terça-feira (8), mais uma instituição voltada à difusão do ideário conservador no país. O evento de lançamento ocorreu em um restaurante em Brasília com a presença de deputados federais alinhados à base do governo e outros apoiadores.
“Nossa união, aqui, tem que corrigir um erro que ocorreu nessa eleição de 2020, que foi a comunicação, a organização”, descreveu Eduardo, apresentando o advogado Sérgio Santana como “coração da iniciativa”. [1]
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Para Santana, o lançamento da instituição representa um “momento importante para o movimento conservador brasileiro” e uma oportunidade de “agregarmos em prol de algo maior”. “Faltava para a direita uma estrutura pela qual se pudesse trabalhar”, disse.
“Não é uma ideia original, pois muita gente já teve essa ideia. Mas decidimos fazer. Arregaçamos as mangas e viemos trabalhar. Já são meses trabalhando”, avaliou.
Em sua fala, Eduardo Bolsonaro relatou as viagens que fez em que conheceu inúmeras instituições ao redor do mundo e relembrou quando trouxe a CPAC para o Brasil. “Foi trazendo o evento para o país que surgiu a ideia do instituto”, descreveu.
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“Nós queremos ‘copiar e colar’ a Heritage Foundation. A Heritage Foundation tem um orçamento milionário e, com isso, eles entram na guerra cultural. Lá, o fim não acaba na próxima eleição – ele é permanente. A gente quer transcender a questão da presidência do Jair Bolsonaro e dessa bancada de mais de 50 do PSL. Esse será nosso espaço para fazer livros, lançar cursos e, de repente, ter intercâmbio internacional na parte de liberdade religiosa e com universidades norte-americanas”, adiantou.
Fundada em 1972, a Heritage Foundation é um das principais instituições de viés conservador do mundo. Sediada nos Estados Unidos, funciona como um think tank, voltada a criar políticas públicas à direita no país. Seu orçamento anual é estimado em mais de 70 milhões de dólares.
Ao fim, o filho do presidente ressaltou que “o preço da liberdade é a eterna vigilância e ela nunca está a mais de uma geração de ser perdida”. “Se a gente não ensinar isso aqui para os nossos filhos, daqui a 20 anos acabou. Estamos vendo um domínio desde os anos 60 e 70 nas universidades com ideias gramscistas”, concluiu.
Liberal
Sobre o uso do termo “liberal” no nome da organização, o advogado Sérgio Santana afirmou que não se pode, no Brasil, admitir a perda do termo “para a esquerda, como ocorreu nos Estados Unidos”.
“Liberal, hoje, lá, é sinônimo de esquerdista. Essa narrativa não pode funcionar. Se alguém hoje luta pela liberdade no país, contra o Estado totalitário e contra o roubo de algumas autoridades, são esses deputados federais [do PSL] aqui na Câmara, é a direita, é o movimento conservador brasileiro. Não existe governo mais liberal na história do que o governo Jair Bolsonaro. Nosso nome é uma demonstração clara do que nós somos e do que nos orgulhamos”, disse.
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