O polêmico tema da vacinação obrigatória chegou a dividir autodeclarados liberais e ganhou, em outubro, o apoio de João Doria e a oposição veemente do presidente Jair Bolsonaro. Curiosamente, no entanto, uma orientação contra a medida veio nesta semana justamente da própria Organização Mundial da Saúde. [1]
Na última segunda-feira (7), a entidade ligada à ONU reforçou que o caminho para a vacinação deve ser “campanhas de conscientização” e ressaltou que impor o imunizante pode não surtir efeito desejado.
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“Precisamos trazer as pessoas nessa jornada, conversar, convencer e dialogar”, afirmou Michael Ryan, diretor de emergências da OMS, ressaltando que a entidade está “preparada para apresentar os dados e os benefícios da vacina”.
Um dos argumentos utilizados pelos especialistas da entidade é que a obrigatoriedade costuma causar rejeição e não retornar, na prática, em altas taxas de imunização, que é o objetivo central do grupo. [2]
Tema controverso
Como noticiado pelo Boletim da Liberdade, dentre os nomes e grupos alinhados a valores liberais que não fizeram oposição à possibilidade de vacina obrigatória estiveram João Amoêdo, fundador do NOVO; o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), ligado ao MBL, e o movimento Livres.
Por outro lado, nomes como Roberto Rachewsky, um dos fundadores do Instituto de Estudos Empresariais (IEE); o deputado Paulo Ganime (NOVO/RJ), líder do NOVO na Câmara dos Deputados, e seu colega Gilson Marques (NOVO/SC) se posicionaram, desde o início, contra a medida.
Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal, por sua vez, a Procuradoria-Geral da República afirmou que não era, em princípio, inválida a obrigatoriedade da vacinação – mas criticou medidas que forçassem fisicamente o indivíduo à medida.
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