O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa na última terça-feira (26) do direito de empresas privadas poderem, por iniciativa própria, importar vacinas contra covid-19.
Em um evento do banco Credit Suisse e por meio de teleconferência, o presidente mencionou que o governo “é favorável” a essa modalidade e celebrou que a medida “ajudaria e muito a economia” e traria custo zero ao governo federal. [1]
Embora tenha mencionado um eventual acordo de empresas privadas com a vacina Oxford, já aprovada pela Anvisa, o jornal Valor Econômico informou nesta quarta-feira (27) que o primeiro acordo formalizado entre clínicas privadas brasileiras e um laboratório do exterior é com a farmacêutica indiana Bharat Biontech pelo imunizante Covaxin.
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Ainda na fase 3 de testes na Índia, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas, em parceria com uma importadora, já teria concluída a “compra de 5 milhões de doses” da Covaxin que, uma vez aprovadas na Índia e no Brasil, poderiam chegar ao país em abril.
Apesar de a medida ser positiva, o tema é controverso. Além de políticos de esquerda criticarem a iniciativa por defendem um plano unificado de imunização, há especialistas que ressaltam que o modelo pode estimular a escassez e o encarecimento dos imunizantes no mercado internacional.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente do Hospital Israelita Albert Einstein afirmou que “não acha correto vender vacina no setor privado enquanto estiver faltando na rede pública”. Por outro lado, há a expectativa de que, em abril, os grupos prioritários já tenham sido vacinados e a própria vacinação como um todo já esteja evoluída no país. [2]
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