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Queremos nos desenvolver como nação?

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*Richard Sacks

Sempre é oportuno repensar o papel do estado. Diferentemente do que a maioria da população acredita, muito por questões de ordem cultural, de que é papel do estado prestar inúmeros serviços, tenho convicção de que o povo seria muito mais feliz e bem atendido se tais obrigações fossem retiradas de suas mãos. Contrariando essa cultura de mais de séculos, não tenho a menor dúvida de que o real papel do estado deve ser apenas e tão somente o de garantir a todos os direitos individuais fundamentais, tais como direito à vida, direito à liberdade e direito à propriedade.

É um grande avanço quando vejo governantes buscando fazer PPPs, concessões ou desestatizações, entregando as mais diversas atividades para a iniciativa privada, como é o caso de estradas, energia elétrica, portos e aeroportos, mesmo quando feito por necessidade, e não por convicção. Atualmente alguns políticos já estão se dando conta de que, primeiro, eles não têm mais dinheiro para investir em tais setores, e segundo, que eles também não têm a mínima competência para administrar. Agora me pergunto: se eles não têm capacidade de cuidar dessas áreas, por que teriam com a prestação de serviços como saúde e educação?

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Ora, se energia, estradas, portos e aeroportos, que são serviços importantes e necessários para a sociedade, podem e devem passar para a iniciativa privada, que sabidamente presta um melhor serviço e atendimento, com resultados econômicos bem mais em conta, mais do que nunca a educação e a saúde devem ser desestatizadas e transferidas, cada uma com suas regras específicas, para a iniciativa privada.

Vejamos que não estou propondo uma extinção dos serviços, e sim uma parceria-público-privada ou concessão de tais, que continuariam públicos, porém prestados pelo setor privado, de forma mais eficiente e barata para o pagador de impostos. Toda população continuaria tendo acesso, mas com cuidados, atendimentos e ensinos de qualidade.

Quando os governantes e o povo amadurecerem suficientemente a ponto de entender que esse é o caminho, que, além de mais eficiente, é mais econômico, começaremos a nos desenvolver como nação. E deixaremos de ser ludibriados e roubados pelo estado, sendo obrigados a pagar impostos sem nunca ter o devido serviço em troca.

*Richard Sacks, empreendedor e associado do IEE.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal.

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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