A aliança entre o PL e o PT nas eleições de 2002 foi relembrada na última quarta-feira (10) com nostalgia pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, em reação, nesta sexta-feira (12) também pelo Partido Liberal. [1]
Em sua fala, o petista mencionou que sua primeira campanha vitoriosa foi marcada pela proximidade com o empresariado, simbolizada pela composição de chapa com o empresário e então senador José Alencar, do PL.
O Partido Liberal (PL), que entre em 2006 e 2019 chamou-se Partido da República, e é presidido pelo ex-deputado Valdemar da Costa Neto, compartilhou trecho da fala de Lula em sua página no Facebook.
Com o título de que “ex-presidente exalta importância de liberais no jogo eleitoral brasileiro”, o PL afirmou que Lula “fez uma análise do quadro partidário nacional exaltando o poder e a força dos liberais nas eleições presidenciais”.
“Lula fez questão de lembrar o papel decisivo do Partido Liberal no contexto da vitória eleitoral que o conduziu à Presidência da Republica pela 1ª vez. […] O ex-presidente avaliou a união com o liberal como a gestão mais promissora democraticamente que existiu no país”, descreveu a sigla, sem mencionar, contudo, os escândalos de corrupção que eclodiram durante seu governo e que levaram Lula a ser um dos alvos da operação Lava Jato anos depois.
No discurso original, Lula também classificou a coligação vitoriosa de 2002 como “a primeira vez nesse país que fizemos uma aliança entre o capital e o trabalho”.
Contexto
Com a volta da elegibilidade do ex-presidente, Lula se cacifa a ser um dos candidatos das eleições de 2022. Para alguns analistas políticos, partidos fisiológicos do chamado centrão que, antes, tenderiam a apoiar a recondução de Bolsonaro, agora estariam ficando balançados em apoiar uma eventual nova candidatura do petista.
No Facebook, internautas se dividiram sobre a publicação do PL. Enquanto alguns insultaram o ex-presidente, outros elogiaram a menção.