O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), anunciou na noite desta segunda-feira (10) que o estado adotará medidas mais restritivas para enfrentar a pandemia de Covid-19. [1]
Nas redes sociais, o político avaliou que “os hospitais estão chegando no limite, ao mesmo tempo em que muitas pessoas não estão respeitando as medidas de isolamento”.
“Ouvindo os especialistas do nosso comitê Covid, anunciamos medidas mais duras, pensando na proteção de todos os mineiros para garantir atendimento adequado”, escreveu.
A nova fase, chamada por ele de “onda roxa”, deve começar nesta quarta-feira (17) e englobará “medidas mais restritivas e obrigatórias”.
“Só poderão funcionar os serviços essenciais e as pessoas não deverão circular pelas ruas a menos que seja para trabalhar nos serviços essenciais”, alertou.
Zema reconheceu ainda que trata-se de uma “medida dura, mas necessária neste momento para evitar um cenário pior do que já estamos vivendo”.
Reações
Políticas restritivas de circulação têm gerado polêmica na direita brasileira desde o início da pandemia.
Enquanto alguns defendem que são necessárias, outros argumentam que elas seriam, supostamente, pouco eficazes ou teriam um efeito colateral demasiadamente danoso na economia.
Nesta última hipótese, estão nomes como o presidente Jair Bolsonaro, o libertário Paulo Kogos e parlamentares bolsonaristas.
Há ainda mandatários do NOVO como Alexandre Freitas, deputado estadual do Rio de Janeiro, que publicou um vídeo no último domingo (14) classificando que o lockdown “não ajuda, mas atrapalha”. [2]
O Movimento Brasil Livre (MBL), em suas redes sociais, comentou que Zema, mesmo sendo “um dos governadores mais bolsonaristas”, viu que a “pandemia apertou em seu Estado a decretou a fase roxa”.
Nas redes, o fundador do NOVO, João Amoêdo, ácido opositor de Bolsonaro, também se expressou sobre a medida anunciada por Zema.
“Medida correta de Romeu Zema, que coloca como prioridade a vida dos mineiros”, escreveu. [3]