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Demissão de ministro da Defesa abre incógnitas sobre intenções do governo

Por se tratar da segunda demissão no mesmo dia, é forte a tese de que o governo faz um freio de arrumação após, na última semana, ter sofrido duras críticas dos presidentes da Câmara e do Senado
Fernando Azevedo e Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O pedido de demissão nesta segunda-feira (29) do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, abriu margens para diversas interpretações.

Em nota divulgada no site do Ministério, Azevedo e Silva agradeceu ao presidente e disse, enigmático, que, durante sua gestão, “preservou as Forças Armadas como instituições de Estado”. [1]

De acordo com o divulgado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o cargo havia sido requisitado pelo próprio presidente nesta tarde.

O jornalista também relatou que Bolsonaro estava insatisfeito com o papel de Azevedo e Silva e reclamava “que precisava de demonstrações públicas de apoio das Forças Armadas”. [2]

Uma última tese, contudo, é mais branda. Bolsonaro precisaria de espaço para acomodar parlamentares do centrão fisiológico que, agora, lhe dá sustentação no Congresso.

Segundo informações da XP Política, a “dança das cadeiras” funcionaria da seguinte forma: Braga Neto, da Casa Civil, iria para a Defesa; e o atual ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para a Casa Civil.

Como consequência, abriria um espaço na Secretaria de Governo para ser ocupado por um parlamentar da base de apoio do presidente.

Por se tratar da segunda demissão no mesmo dia, é forte a tese de que o governo faz um freio de arrumação após, na última semana, ter sofrido duras críticas do presidente da Câmara e do Senado. O alerta amarelo acendeu.

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