O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu demissão do posto de acordo com informação divulgada pelo jornal O Globo e, depois, confirmada pelo jornal Folha de S. Paulo. [1]
Desde a última semana, a continuidade de Araújo a frente do Itamaraty já era questionada. Um grupo de senadores já havia pedido a cabeça do diplomata.
A continuidade do ministro era vista como um potencial entrave para futuras negociações com os Estados Unidos de Joe Biden e com a China. As boas relações com esses países é considerada essencial para o Brasil acelerar a vacinação.
Agravando a situação, veio o episódio do assessor de relações internacionais Filipe Martins, próximo de Araújo, e cujo gesto feito em audiência pública no Senado foi interpretado como racista.
Para piorar, neste domingo (28), o ministro acusou, em seu perfil no Twitter, que a senadora Katia Abreu havia alertado que imagem dele no Senado dependeria de ele fazer um “gesto em relação ao 5G” – uma referência à nova tecnologia de transmissão de dados que depende de concessão promovida pelo governo. [2]
Ernesto Araújo era um dos ministros considerados da ala mais ideológica do governo, sendo admirador de Olavo de Carvalho e simpático a causas conservadoras.