O vereador liberal Fernando Holiday, de São Paulo, que já foi uma das principais lideranças do Movimento Brasil Livre e desligou-se do grupo em 2021, anunciou nesta segunda-feira (5) que foi expulso do Patriota. [1]
A decisão do diretório municipal do partido foi motivada, de acordo com o jornalista Fábio Zanini, do jornal Folha de S. Paulo, como um gesto para representar o interesse da sigla em abrigar o presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2022. Outros liberais poderiam ser expulsos em breve.
A justificativa oficial teria sido, segundo Zanini, o apoio do parlamentar ao deputado federal Marcel van Hattem (NOVO/RS) para a presidência da Câmara dos Deputados, no início de fevereiro. O Patriota apoiou oficialmente a eleição de Arthur Lira (PP/AL).
Em nota divulgada nas redes sociais, Holiday afirmou que “apesar de discordar, acata com respeito a decisão” do partido.
“A minha expulsão reforça que o partido pretende se aliar ao bolsonarismo para as eleições de 2022. E, como defensor de uma direita independente e um dos maiores críticos desse governo, seria igualmente penoso me manter na mesma legenda daqueles que destróem o país”, escreveu.
Holiday também destacou a “oportunidade” que lhe foi dada de ser candidato pela sigla em sua reeleição, no ano de 2020, quando obteve 67.715 votos, e prometeu procurar um “partido que realmente represente os anseios de justiça e liberdade que os eleitores desejam”. [2]
Além de Holiday, encontram-se filiados ao Patriota outros nomes locais associados ao Movimento Brasil Livre, como o deputado estadual Arthur do Val – que concorreu à Prefeitura de São Paulo no último ano -, e os vereadores Rubinho Nunes e Marlon do Uber.