O senador Omar Aziz (PSD/AM), favorito para presidir a CPI da Covid que foi instaurada no Senado Federal, afirmou em entrevista ao portal UOL nesta terça-feira (20) que a comissão que irá investigar o desempenho do governo federal não vai terminar em pizza. [1]
Ao longo de suas falas, Aziz não escondeu seu tom crítico à atuação do Estado no enfrentamento da pandemia e mencionou, entre outros pontos, a possibilidade de se convocar nomes como o do ex-ministro Ernesto Araújo, do Ministério das Relações Exteriores.
“Como não chamá-lo? Eu quero saber quais foram as ações, ou a iniciativa daquele cidadão, para comprar uma vacina para o Brasil”, disse.
Embora em tom crítico ao governo, Aziz reconheceu, no entanto, que houve pessoas da equipe ministerial de Bolsonaro com atitude considerada positiva.
Mencionou, por exemplo, o ex-ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva, que teria auxiliado na logística de envio de oxigênio ao Amazonas durante o colapso no início do ano.
“Ele tem o meu respeito, o respeito da população do Estado do Amazonas. [Atuou] de uma forma silenciosa e sem querer divulgar o que estava fazendo”, pontuou, relembrando também episódios de disponibilidade do general da reserva em auxiliá-lo.
Aziz também criticou na entrevista a falta de barreiras sanitárias no início da pandemia.
“Por que fizeram quarentena daqueles cidadãos que vieram da China [de Wuhan], mas permitiram que qualquer pessoa entrasse no Brasil, inclusive da China, sem nenhuma preocupação? O erro começa ali. Nada foi feito. Agora, aquilo que nós não fizemos com outros países, vários outros países estão fazendo com o Brasil. Eu quero saber se alguém do ministério indicou o ministro a fazer isso e ele não fez, se ele prevaricou”, reclamou.