*Ítalo Cunha
“Não há, nem nunca houve nenhuma proposta para privatização da Infraero”, o Ministro Quintella foi ágil em negar qualquer rumor nesse sentido, afirmou que a Infraero tem 44 anos e é fundamental para a infraestrutura do país.
Para o ministro, uma empresa pública é imprescindível, afinal é um setor estratégico para o crescimento. Mas é mesmo?
A missão da INFRAERO, cujo site nem certificado de segurança tem, é garantir a segurança, o conforto e o bom atendimento nos 43 aeroportos que opera, no entanto, apesar de ser uma das três maiores operadores aeroportuárias do mundo, pegar um avião no galeão já atesta a qualidade do serviço.
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Ao não buscar o lucro, a Infraero tem suas prioridades confundidas, não é mais uma empresa para dar ótimo serviço aos viajantes, mas sim para empregar conchavos políticos e pagar salários altíssimos.
Entre 2013 a 2019, o Tesouro Nacional gastou R$13,1bi com a capitalização da Infraero, quase metade disso, R $5,6 bi, foram aportados diretamente nas concessionárias. É o preço que pagamos por não privatizar, e sim conceder, os aeroportos, agora temos o estado sócio das administradoras.
O problema aí é que empresa pública não quebra, quando dá prejuízo ganha mais dinheiro.
Entre 2015 e 2019 a Infraero teve um prejuízo de 6,4 bilhões de reais, nós estamos pagando o prejuízo das concessionárias para manter uma empresa que só toma, nada devolve, estatal.
Uma forma simples de privatizar a Infraero, e todas as estatais, é realmente as entregando para o Povo.
Vamos socializar a empresa por meio de um grande IPO onde a população interessada possa adquirir a maioria do capital da Infraero, e consequentemente 49% de diversas concessionárias no brasil afora, garantir que ao menos dividendos a empresa pague.
No entanto, o Ministro está certo em um ponto: o Brasil é realmente um país gigantesco e precisa de recursos para a infraestrutura.
Privatizar a INFRAERO é dar um passo em direção a mais dinheiro, recurso e atenção no setor de infraestrutura aérea brasileiro. Hoje, o que a infraestrutura entrega para a população? Nem dividendos a empresa paga mais, desde 2013.
Com a privatização a Infraero poderia focar em acertar suas contas e das concessionárias, captar com entes privados, e aí entregar resultados.
A própria administração da empresa ganharia mais agilidade, pois não precisaria fazer licitações, poderiam demitir funcionários com mais facilidade e tomar as decisões rápidas e difíceis, necessárias ao setor aeroportuário em época de pandemia.
A privatização é na verdade o que vai entregar o que o ministro busca ao mudar o objetivo pelo qual a empresa existe.
Empresas estatais existem para servir ao estado, para manter apenas o estado, empresas privadas existem para servir o consumidor, seus desejos e dores, e assim entregar dedicação, qualidade e solidez que vão coroar 40 anos de história e evolução.
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