O presidente Jair Bolsonaro discursou no fim da manhã desta quinta-feira (22) na Cúpula do Clima. Em tom considerado ameno, defendeu a preservação da floresta e o drástico corte das emissões de CO2 do país.
Concordando que a “causa maior do problema [do clima] é a queima de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dois séculos”, o presidente salientou que o país “participou de menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa” e que, atualmente, o Brasil corresponde com menos de 3% das emissões globais.
Destacando a matriz energética renovável do Brasil, Bolsonaro afirmou que o país promove “uma revolução verde [no campo] a partir da ciência e da inovação”.
Outro ponto de destaque do discurso de Bolsonaro diz respeito ao que chamou de “paradoxo amazônico”.
“Devemos enfrentar o desafio de melhorar a vida dos mais de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, região mais rica do país em recursos naturais, mas que apresentam os piores índices de desenvolvimento humano. A solução desse paradoxo é condição essencial para o desenvolvimento sustentável da região. Devemos aprimorar a governança da terra, bem como tornar realidade a bioeconomia, valorizando efetivamente a floresta e a biodiversidade”, defendeu.
Bolsonaro também declarou que determinou o “fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos necessários para as ações de fiscalização”.
O presidente também sugeriu a importância de contar com a contribuição financeira de “países, entidades, empresas e pessoas”.
“É preciso haver justa remuneração aos serviços ambientais prestados pelos nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação. Estamos abertos à cooperação internacional”, pontuou.