As negociações entre o presidente Jair Bolsonaro e o PRTB, partido que o falecido Levy Fidelix controlava, não progrediram. De acordo com o divulgado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” nesta segunda-feira (17), houve a negativa de se entregar a legenda, de porteira fechada, para o presidente.
Ainda segundo o jornal, a negociação estava sendo conduzida, por parte do partido, pelos filhos de Fidelix – mais especificamente, Levy Filho, atual secretário-geral, e sua irmã Karina Fidelix.
Enquanto que o primeiro teria se disposto a entregar a sigla de porteira fechada para a família Bolsonaro, a segunda não aceitava as condições exigidas.
Dentre as ideias que teriam sido especuladas, estaria a renomeação da sigla para “Aliança 28”, uma alusão ao nome do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tentou criar para as eleições de 2020, mas não conseguiu.
Contexto
A disputa por um partido político para abrigar o presidente e aliados ainda segue à todo vapor.
O próprio PSL, partido que Bolsonaro elegeu-se em 2018, ainda é visto no cenário como uma alternativa.
Conta a favor do partido de Luciano Bivar a estrutura partidária. A sigla é uma das que mais recebem recursos públicos via fundo partidário e fundo eleitoral devido ao alto número de deputados federais eleitos em 2018.
A confusão criada em 2019, no entanto, que provocou a saída de Bolsonaro da legenda gerou uma cisão difícil de se consertar. Hoje, o PSL estaria mais perto de, eventualmente, apoiar a reeleição de Bolsonaro na condição de membro da coligação, tentando pleitear, pelo seu peso, a indicação do cargo de vice. [1][2]