O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (24) algumas das diretrizes que, uma vez confirmadas, poderão permitir que o real seja emitido de forma digital.
A ideia é que, inicialmente, a tecnologia funcione mais no contexto de um criptoativo do que de uma moeda comum, ou seja, como um meio de troca.
Dentre outros benefícios, de acordo com o BC, haveria a possibilidade de a evolução facilitar novas tecnologias e modelos de negócio, além de melhorar as perspectivas de se prevenir a lavagem de dinheiro e o terrorismo.
Apesar da inovação, a instituição sustentou que o real digital siga prevendo intermediários, ao contrário da liberdade trazida pelas criptomoedas, como o bitcoin.
“O BC emitirá o real em formato digital, que será passado para o usuário final através dos participantes do sistema de pagamentos, como ocorre hoje com o real em sua forma física”, destacou o comunicado.
Ao fim, o banco pontuou que, para que o debate evolua, o arcabouço legal deve ser devidamente ajustado, conferindo à instituição “as competências necessárias para operar essa nova forma do real”. [1]
Nas entrelinhas das diretrizes, está a discussão internacional sobre Central Bank Digital Currency e sobre a conveniência de, no longo prazo, ainda haver a emissão de moeda nacional em papel moeda.