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Gustavo Franco vê ‘desafio’ trazer agenda liberal para campanha de 2022

Economista está lançando um novo livro e concedeu aula magna para a Fundação Brasil Novo, braço do Partido Novo; Franco também mostrou-se cético sobre autonomia do Banco Central
Gustavo Franco (Foto: Divulgação / Rio Bravo)

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Ex-presidente do Banco Central e um dos pais do Plano Real, o economista Gustavo Franco afirmou, em live transmitida nesta quarta-feira (26) pela Fundação Brasil Novo, enxergar como um “desafio” a agenda liberal nas eleições de 2022.

Na avaliação de Franco, a pauta “foi muito abraçada aos olhos de terceiros pelo governo Bolsonaro e isso pode ter estragado a agenda aos olhos de muita gente”.

O economista também observou que as pautas liberais tiveram, em um primeiro momento, destaque no governo, mas avaliou que o avanço recuou.

“O que a gente está vendo é o Ministro da Economia atuando como uma espécie de zagueiro com vistas a evitar retrocessos em reformas liberais do passado em razão do desgaste político do governo”, analisou.

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Franco também observou que foi um “azar” o governo enfrentar a pandemia. “Mas às vezes os governos se destacam é nos desafios, e não quando o vento é a favor”, ponderou.

Ao longo da aula, Franco também mostrou-se cético sobre a autonomia do Banco Central, comparando-a com as agências reguladoras que, segundo ele, são politizadas.

“Não vamos ter ilusão quanto ao que foi feito com o Banco Central. Não é uma vacina de eficácia de 100% contra qualquer tentativa de malversação da moeda. Inclusive, a moeda começa a ser destruída nas contas fiscais que podem ser destruídas a tal ponto que o Banco Central não pode ter o que fazer”, disse.

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