A deputada federal Joice Hasselmann (PSL/SP) anunciou em suas redes sociais nesta segunda-feira (14) que entrou na Justiça para pedir sua desfiliação do PSL. Na avaliação da parlamentar, a sigla virou “a representação do que há de pior na política”. [1]
Em texto, a parlamentar relembrou que o partido permitiu entregar “a liderança do partido e todas as comissões importantes e espaços” na Câmara para aliados de Jair Bolsonaro e avaliou que, ao mesmo tempo, a instituição “entregou a cabeça dos opositores ao governo”.
Hasselmann, como se sabe, foi uma das que estiveram ao lado da ala “bivarista”, em referência ao fundador e presidente da legenda, Luciano Bivar (PSL/PE), quando o partido rachou no segundo semestre de 2019 com a saída do presidente.
A deputada referiu-se, depois, às negociações sobre a possível volta de Jair Bolsonaro à sigla para disputar as eleições de 2022. Como noticiado pelo Boletim da Liberdade, o tema foi discutido ao longo de meses. Hoje, as maiores chances são o PSL apoiar a coligação de Bolsonaro do que propriamente abrigá-lo no próprio partido.
Segundo a deputada, o PSL “se apequenou de vez quando decidiu deixar aberta a porta para o psicopata que ocupa a presidência” e que essa negociação é feita “debaixo do nariz de todo mundo”.
“Não vou participar disso, nem com uma arma na cabeça. Não me vendo. E já havia avisado a executiva nacional”, disse.
Ainda segundo a parlamentar, o PSL “é cúmplice de todas as traições de Bolsonaro”, avaliando que o presidente “traiu o povo” e que o partido “fez a mesma coisa”, inclusive com o próprios aliados “que acreditaram em alguma decência da legenda”.
“Não há a menor condição de eu ficar numa legenda que mantém negociatas com Bolsonaro e sua tropa. Já estive no mesmo partido desse monstro. Não cometerei o mesmo erro. Jamais”, pontuou.