Se você acompanha notícias relacionadas ao mercado financeiro, com certeza ouviu falar na revolução monetária que se inicia na América Central. El Salvador quer ser o primeiro país a implementar o Bitcoin como moeda corrente (para uso no dia a dia), mas o que seria o pontapé inicial para o desenvolvimento e aumento dos índices de liberdade econômica na região, está sendo visto com maus olhos pelo maior agiota das nações ao redor do mundo: o Banco Mundial.
Criado após a segunda grande guerra, o World Bank é uma instituição que, em tese, visa desenvolver a economia ao redor do mundo. Com um teor benevolente, seus relatórios estimam que mais de 1 bilhão de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Pobreza essa que aumenta cada vez que um país se endivida contraindo empréstimos dessa mesma organização; cada vez que os bancos centrais aumentam a impressão de moeda e manipulam os preços através da inflação.
Pois bem, na quarta-feira (15/06) foi possível confirmar o real motivo de existência das instituições monetárias internacionais. Buscando auxílio técnico para implementar e regulamentar o uso da criptomoeda, o Ministro da Economia de El Salvador recebeu um e-mail contendo uma negativa:
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“Estamos comprometidos em ajudar El Salvador de várias maneiras, inclusive para transparência de câmbio e processos regulatórios. Embora o governo nos tenha procurado para obter ajuda com o Bitcoin, isso não é algo que o Banco Mundial possa apoiar, dadas as deficiências ambientais e de transparência”.
Não se engane. Não era de se esperar algo diferente de uma instituição concebida por John Maynard Keynes.
Assim como diversas outras organizações a favor da intervenção estatal, o Banco Mundial se apoiou em um suposto dano ambiental causado pela tecnologia utilizada na mineração de criptomoedas. Ironicamente, se esquecem que o sistema bancário convencional utiliza 12 vezes mais energia.
A questão é que a prerrogativa por trás da existência dos bancos centrais será totalmente refutada no momento em que o cidadão comum puder escolher o que fará com seu dinheiro. Em um contexto em que o G7 discute um imposto global mínimo de 15% e o FED (Federal Reserve) demonstra repulsa aos fundos vinculados às criptos, é a hora de os liberais e libertários abraçarem forte essa ideia.
O Bitcoin é uma moeda descentralizada, sem controle governamental, portanto, não manipulada pelos governantes. O êxito em El Salvador culminará no início do fim de bancos que só existem por um motivo bem parecido com o do Estado: a manutenção da própria existência.
Foto: Reprodução/Diario El Salvador
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