O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO/RS) voltou a reiterar em transmissão ao vivo nesta terça-feira (6) que a decisão do partido de apoio ao impeachment “foi tomada sem uma consulta aos mandatários”. A afirmação, contudo, foi rebatida pelo deputado estadual Fábio Ostermann (NOVO/RS) nas redes sociais. [1]
Segundo Ostermann, “não é verdade” que não teria havido consulta. O parlamentar frisou que “em diversas oportunidades”, desde janeiro, os deputados federais teriam sido consultados sobre o tema pelo Diretório Nacional.
“Precisamos diferenciar, no entanto, ‘ser consultado’ e ter seu posicionamento acatado. Desde janeiro, houve diversas reuniões em que o DN [Diretório Nacional] manifestou a membros da bancada federal sua inclinação pelo impeachment. Deputados contrários tentaram convencer do seu ponto de vista. Como ficou claro, não conseguiram”, disse Ostermann. [2]
Na avaliação do deputado estadual, “a opinião dos deputados [federais] certamente foi levada em consideração e sem dúvidas serviu de apoio para tomada de decisão do partido – que, inclusive, postergou-a após reuniões com eles”.
Precisamos diferenciar, no entanto, “ser consultado” e “ter seu posicionamento acatado”.
Desde janeiro houve diversas reuniões em q o DN manifestou a membros da bancada federal sua inclinação pelo impeachment. Deputados contrários tentaram convencer do seu ponto de vista. [6/10]— Fábio Ostermann (@FabioOstermann) July 7, 2021
Posicionamentos contrários
Marcel van Hattem, assim como parte da bancada federal, se posiciona contrário à abertura do processo de impeachment de Jair Bolsonaro neste momento. Na tramissão, Marcel frisou que não viu “materialidade” no pedido defendido pelo movimento “Vem Pra Rua” e que o diretório nacional do NOVO endossa.
“Eu entendo que nós precisamos ter uma consistência muito forte no pedido, como foi na época da Dilma. Depois de um robusto relatório do TCU, aprovado no Plenário, acabou embasando todo o pedido de impeachment. É preciso que tenha essa materialidade”, frisou van Hattem.