A Petrobras não está na agenda de privatizações do governo federal. Mas o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva aproveitou esta terça-feira (13) para comentar o tema e recebeu uma resposta do ex-secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar.
O embate teve início quando o petista, que lidera a corrida eleitoral para 2022, disse que privatizar a estatal “seria um crime de lesa pátria nesse país”.
“Seria abdicar da nossa soberania”, escreveu o político.
Privatizar a Petrobras seria um crime de lesa pátria nesse país. Seria abdicar da nossa soberania.
— Lula (@LulaOficial) July 13, 2021
Mattar, por sua vez, replicou que “crime de lesa pátria foi o que foi feito com a Petrobras durante os governos petistas com corrupção desenfreada” – uma referência ao chamado “Petrolão”.
“Um dos principais motivos para a privatização é justamente acabar com o uso das estatais para a malversação do dinheiro dos pagadores de impostos”, completou Salim, no Twitter.
Salim Mattar
Fundador da Localiza, Salim Mattar é um dos maiores defensores das privatizações como um caminho para a redução do Estado brasileiro e, por isso, atuou junto ao ministro Paulo Guedes no início do governo Bolsonaro na recém-criada Secretaria Especial de Desestatização. Ele acabou deixando o governo em 2020.
Em entrevista ao Boletim da Liberdade, no final de abril, Salim avaliou que houve evolução na redução do Estado ao longo do governo, mas explicou que decidiu deixar o posto quando viu “que não haveria privatizações pela frente, uma vez que existia muita resistência no establishment em relação a reduzir o tamanho do Estado”.