O senador Ciro Nogueira (PP/PI) confirmou na manhã desta terça-feira (27) que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Casa Civil. [1]
Nas redes sociais, o parlamentar, que se licenciará do posto, pediu “proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que o nosso país necessita”.
A nomeação, contudo, é controversa. Expoente do chamado centrão – grupo de partidos fisiológicos do Congresso Nacional conhecido por apoiar diversos governos em troca de espaços na máquina pública -, Nogueira é ex-apoiador do ex-presidente Lula (PT) e já chamou, no passado, Bolsonaro de “fascista”. [4]
Protestos
Nas redes sociais, os protestos à confirmação de Ciro Nogueira à Casa Civil – considerado o ministério mais importante – foram muitos. Um dos críticos foi João Amoêdo (NOVO), que concorreu à presidência nas eleições de 2018. [3]
“Ciro Nogueira é réu por organização criminosa, considera Lula o melhor presidente da história e diz que Bolsonaro é um fascista, mas aceita ser seu ministro. Ao convidar Ciro para seu articulador político, Bolsonaro deixa claro, mais uma vez, seu roteiro e seus ‘princípios'”, criticou o político liberal.
O movimento suprapartidário Livres, por sua vez, resgatou um tweet de 2018 do presidente Jair Bolsonaro, publicado ainda durante a campanha eleitoral.
Na ocasião, Bolsonaro disse que “se vencermos, já começamos diferentes dos outros” e que estaria livre “para escolher nossa equipe pelo critério técnico e pela eficiência”.
“Não devemos cargos, nem favores que coloquem em xeque a autonomia do nosso governo e a soberania do nosso país. Nossa aliança é com a sociedade”, disse o presidente em mensagem publicada no dia 6 de outubro de 2018.
“Relembrar é viver. Qual critério técnico foi usado na escolha de Ciro Nogueira para a Casa Civil?”, reclamou a entidade. [2]