A transmissão ao vivo do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (29) sobre as supostas fraudes eleitorais nas urnas eletrônicas continua provocando reações no cenário político. Neste sábado (31), onze partidos se uniram para protocolar uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo ao órgão que exija provas. [1]
O presidente, que discursou por mais de duas horas, afirmou que, na verdade, não há como provar a ocorrência efetiva de fraudes no sistema eleitoral. Ele apresentou vídeos e notícias que considera indícios da veracidade do problema.
O MDB, o Solidariedade, o PT, o PSDB, o PDT, o PSOL, a REDE, o Cidadania, o PV, o PSTU e o PCdoB não consideraram as alegações do presidente satisfatórias e avaliaram a transmissão como um gesto “estritamente político” na ação protocolada. O governo federal ainda não se manifestou sobre a reivindicação das siglas.
De acordo com o requerimento, o discurso de Bolsonaro continha “críticas expressas a partidos de oposição, deputados e senadores que se manifestam de maneira contrária aos interesses do presidente Jair Bolsonaro”, além de “ofensas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral”.
Ainda segundo os partidos de oposição, o discurso “busca desmerecer os pilares democráticos e uma forma de eleição cuja confiabilidade vem sendo observada por quase um século, garantindo a alternância democrática em estrito reflexo da vontade popular”.