Fundador do Partido Novo, João Amoêdo foi às redes sociais na tarde desta terça-feira (10) protestar contra os deputados da sigla na Câmara. Na avaliação dele, outra vez os parlamentares se posicionarão “contra o que defende a instituição”.
Amoêdo referiu-se, na sequência, à PEC do voto impresso, que deve ser votada no plenário da Casa também nesta terça (10), ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro (nem todos os deputados já se manifestaram favoráveis) e pontuou ainda quando “se colocaram contra uma pré-candidatura à presidência” – uma referência ao fato de que a própria pré-candidatura para 2022 não contou com o apoio dos deputados.
“Cabe ao partido, em 2022, selecionar pessoas que compartilhem da visão de longo prazo do NOVO e aos mandatários, alinhados ao governo Bolsonaro, procurar uma legenda que os represente”, protestou. [1]
Hoje, mais uma vez, assistiremos deputados que foram eleitos pelo NOVO, por fazerem parte de uma instituição, se posicionando contra o que defende a instituição.
(continua)
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) August 10, 2021
Reações
As falas, contudo, já geraram reações. Uma delas veio do advogado Rodrigo Saraiva Marinho, conselheiro do Instituto Mises Brasil e que já atuou como coordenador da bancada da sigla, em Brasília.
Marinho ressaltou que o posicionamento sobre o impeachment “nunca foi obrigatório”, que os deputados “não foram contra a candidatura de Amoêdo”, mas sim em defesa da candidatura de outra pessoa, e que o “voto impresso sempre foi defendido pelo NOVO, com algumas falas do próprio Amoêdo”.
“É muito triste que um colega do mesmo partido faça um ataque tão equivocado como esse, colocando como bolsonaristas simplesmente quem discorda dele. Triste para ele e ainda mais triste para o NOVO, já que em qualquer instituição discordâncias devem ser possíveis”, protestou. [2]
3.O voto impresso sempre foi defendido pelo NOVO, com algumas falas do próprio Amoedo se pode comprovar isso facilmente.
É muito triste que um colega do mesmo partido faça um ataque tão equivocado como esse, colocando como bolsonaristas simplesmente quem discorda dele.
— Rodrigo Marinho (@rodrigomar) August 10, 2021