O advogado Geanluca Lorenzon, secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia, saiu em defesa nas redes sociais da venda do Palácio Capanema, edifício do governo federal situado no centro do Rio de Janeiro e cuja possível privatização tem gerado protestos de grupos sociais. [1][2]
“Tanta revolta com a venda do Palácio Capanema no Rio. Por que não faz como em outros países: juntem-se em uma fundação e comprem. Até conselhos podem comprar, não?”, ironizou.
Na sequência, Lorenzon, que tem passagem por diversos grupos liberais, também opinou que “o que não pode é um país pobre gastar dinheiro mantendo milhares de imóveis porque a classe média alta os julga importantes”.
Tanta revolta com a venda do Palácio Capanema no Rio.
Pq não fazer como em outros países: juntem-se em uma fundação e comprem. Até conselhos podem comprar, não?
Oq não pode é um país POBRE gastar dinheiro mantendo milhares de imóveis pq a classe média alta os julga importantes.
— Geanluca Lorenzon (@at_Lorenzon) August 18, 2021
Contexto
No centro da polêmica, a possibilidade de o Palácio Capanema, também chamado Edifício Gustavo Capanema, inaugurado em 1945 para sediar o então Ministério da Educação e Saúde, ser colocado à venda em uma lista de imóveis a serem privatizados pelo governo federal.
Inaugurada pelo então presidente Getulio Vargas, a obra é considerada uma das joias da arquitetura brasileira, sendo uma das primeiras construções do estilo modernista no mundo.
Além de assinada por arquitetos como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa (que, anos depois, se juntariam em parceria na construção de Brasília) e de ter contado com a consultoria de Le Corbusier, responsável pela construção do prédio da ONU, em Nova York (EUA), há ainda jardim projetado por Burle Marx e revestimento de azulejo de Cândido Portinari.
De acordo com o jornal “O Dia”, no entanto, o prédio não será oferecido à leilão, embora possa vir a receber ofertas a qualquer tempo. A construção é tombada desde 1948. [3]