Criticada publicamente por uma ex-candidata a vereadora do próprio partido por usar o dinheiro da cota parlamentar para alugar carro blindado (um Volkswagen Nivus), a deputada estadual Adriana Balthazar (NOVO/RJ) defendeu a utilização do recurso em nota enviada ao Boletim da Liberdade. [1]
Na avaliação dela, o custo mensal de R$ 7.000, desembolsado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, se justifica pelas agendas cumpridas, inclusive à noite; pelo nível de exposição que possui e por casos recentes de atentados cometidos contra outros parlamentares.
“O contexto de atentados recentes a autoridades estaduais, com quem convivo na Casa Legislativa, é um fato irrefutável. Basta uma rápida pesquisa para verificar que só estão vivos porque contavam com a proteção da blindagem. Só nos últimos anos, foram ao menos 7 deputados estaduais que tiveram seus carros alvejados no RJ. Infelizmente a violência faz parte da nossa sociedade e não posso lutar sem preservar minha vida”, diz a nota.
Sobre o uso da cota parlamentar, a deputada estadual disse que “cumpre a promessa de usar 50% da verba anual de gabinete” e que as portas de seu gabinete “estão sempre abertas para tirar dúvidas de qualquer pessoa e a qualquer tempo”.
“Não deixei de vir pessoalmente desde 4 de janeiro, mesmo em fase de recesso. Carro é instrumento de trabalho, e como todos nossos equipamentos necessários no dia a dia, foi feito um levantamento de preços e o escolhido está dentro do valor de mercado. Como deputada estadual, não represento apenas a cidade do Rio de Janeiro, preciso ir a vários municípios, e, mais uma vez, o carro é indispensável”, justificou-se.
Na acusação feita nas redes sociais, a ex-candidata a vereadora sustentou que o uso do recurso para o aluguel do carro blindado era “totalmente diferente dos ideais do NOVO” e que repudiava a prática.
Histórico
Expulso nesta quarta-feira (18) pelo NOVO, o colega de Adriana, Alexandre Freitas (sem partido), também fazia uso do expediente da cota parlamentar para alugar carro blindado. O parlamentar, no entanto, justificou-se na ocasião por sofrer ameaças e mencionou ter contado com o apoio do diretório estadual para o uso do recurso.