Dos oito deputados federais do Partido Novo na Câmara, apenas quatro se manifestaram no Twitter até a noite desta terça-feira (7) sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que desobedecerá determinações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Para Vinicius Poit (NOVO/SP), “Bolsonaro ignora os reais problemas dos brasileiros” e sua prioridade é “dividir o país com posturas claras e autoritarismo”. “Ele já passou de todos os limites”, escreveu.
Ainda no Twitter, Poit – que é pré-candidato ao governo de São Paulo pela sigla – sustentou ainda que “a terceira via é mais do que necessária para dar ao Brasil a chance de um verdadeiro líder”, sem especificar nomes. [1]
O deputado federal Alexis Fonteyne (NOVO/SP), por sua vez, enfatizou em sua mensagem publicada nas redes sociais sobre a importância do diálogo.
“Problemas institucionais não devem ser resolvidos em discursos populistas em plena Av. Paulista. O STF tem sérios problemas de autoritarismo. O Executivo tem sérios problemas de toda ordem. O Legislativo tem sérios problemas também. A democracia pede diálogo, nunca confronto”, pontuou. [2]
Já para Tiago Mitraud (NOVO/MG), ficou claro que a permanência de Bolsonaro “no poder é incompatível com a democracia liberal que queremos”.
“Erros (graves) de outros poderes não justificam a postura de um presidente que erra ainda mais. Em um país com tantos problemas a serem resolvidos, Bolsonaro só se limita a fazer o papel de animador de torcida”, reclamou o parlamentar, que é ligado ao Livres.
O deputado mineiro também defendeu que “a saída desta pessoa do poder seja selada, no máximo, em outubro de 2022” e que, nesse momento, o Brasil poderá “conquistar a sua verdadeira independência”. [3]
Dos deputados que se manifestaram até a publicação desta matéria, apenas Lucas Gonzalez (NOVO/MG) não criticou o presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta a uma mensagem institucional do próprio Partido Novo que sustentava o posicionamento pró-impeachment e de oposição ao presidente, Gonzalez ressaltou que “na condição de deputado federal pelo NOVO” continua “independente”.
“No dia 12/09, não irei às ruas. No NOVO, somos mais de 15 mil filiados (éramos bem mais). Nem como filiado, nem como mandatário, nunca fui consultado sobre essas posições”, reclamou. Gonzalez tem um posicionamento mais alinhado ao governo. [4]
Os deputados Paulo Ganime (NOVO/RJ), Adriana Ventura (NOVO/SP), Marcel van Hattem (NOVO/RS) e Gilson Marques (NOVO/SC) não se posicionaram até a publicação desta matéria. Mas eles também não foram consultados pelo Boletim da Liberdade. A matéria teve o intuito de saber quais se posicionaram espontaneamente no Twitter sobre o assunto.