O papel do empresário Luciano Hang, das lojas Havan, na CPI da Pandemia nesta quarta-feira (29) dividiu opiniões de lideranças e grupos liberais nas redes sociais.
De um lado, houve manifestações de apoio, tais como as advindas de empresários como Roberto Rachewsky e Winston Ling, conhecidos pelo ativismo pela liberdade.
Desejando força à Hang, Rachewsky – um dos fundadores do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) – avaliou que Hang é “um brasileiro comum, sem foro privilegiado, que foi destratado, intimidado, por gente canalha, por parasitas que nada produzem a não ser destruição, caos, infâmias e tragédias”. [1]
Winston Ling, por sua vez, disse que o depoimento do proprietário da Havan “parece um espetáculo saído de um livro de Ayn Rand, com todos os vilões, e um herói”.
“Teve, inclusive, o discurso do herói, impecável, arrasador”, resumiu. Ayn Rand, autora de obras como “A Revolta de Atlas”, é conhecida por retratar o heroísmo do empreendedor e o antiheroismo de políticos que buscam cercear o espírito do empresário. Ling foi quem apresentou Jair Bolsonaro à Paulo Guedes. [2]
Outro lado
Esse não foi, contudo, o posicionamento da associação Livres. Em vídeo do quadro “Política em 2 minutos”, publicado nas redes do grupo, o diretor Mano Ferreira avaliou que as falas em defesa do liberalismo de Hang com o “conservadorismo nos costumes” seriam um “suco de besteira”.
“A CPI deixa cada vez mais claro que esses caras não são liberais, não são conservadores, talvez sejam reacionários. Mas a verdade é que eles estão correndo atrás dos próprios interesses. É puro jogo de dinheiro e poder; não é idelogia, é corrupção. Não é negacionismo com vacina, é roubo”, avaliou Ferreira, que disse ainda que “existe uma luta simbólica de representação do liberalismo brasileiro no debate público e no imaginário das pessoas”. [3]