O ex-presidente Lula, cotado para ser o nome de seu Partido dos Trabalhadores a disputar o Planalto no ano que vem, mudou seu discurso em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8). Poucas semanas depois de dizer que regularia os meios de comunicação, ele declarou que uma decisão dessa natureza caberia ao Congresso. [1]
“O que se propõe é que em algum momento da história do Congresso Nacional esse tema pode ser debatido. Esse não é um tema do presidente da República, é um tema do Congresso Nacional”, ele afirmou. O projeto de regulação fazia parte do programa de campanha de Fernando Haddad pelo mesmo partido em 2018.
Lula concentrou sua argumentação nos veículos que atuam nos meios digitais. “Eu não sei por que tanta polemização, sobretudo o digital. Jornais e revistas nunca poderão ser regulamentados porque, primeiro, dependem do dono escrever e, segundo, depende do Congresso Nacional”, sustentou.
Na mesma coletiva, Lula responsabilizou a imprensa pela construção do nome do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, que o julgou no âmbito da Operação Lava-Jato. Para o líder petista, Moro é “um deus de barro criado pela imprensa”. Já sobre outro possível adversário, o pedetista Ciro Gomes, Lula disse que ele o ajudou a governar e que nunca falaria mal dele. [2]
Lula também se defendeu das críticas de que o PT não estaria realmente interessado no impeachment de Jair Bolsonaro: “é uma insanidade. Não é a Gleisi (Hoffmann, presidente do partido) que coloca isso em votação, é o Arthur Lira que tem que colocar. A Gleisi está até magrinha de tanto gritar fora Bolsonaro”, declarou. [3]