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Apagão do Facebook expõe dependência de micro e pequenas empresas

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A paralisação das redes sociais e aplicativos de Mark Zuckerberg, no último dia 04, expôs a dependência, principalmente, dos pequenos empreendedores brasileiros que utilizam o Facebook, Instagram e Whastapp para a venda on-line de produtos e serviços. Foram sete horas sem poder se comunicar com os clientes e vender por meio das plataformas.

O uso desses recursos se intensificou durante a pandemia, quando muitos empresários precisaram fechar os estabelecimentos por medidas de restrição e passaram a utilizar ferramentas virtuais para o relacionamento com os clientes.

Um estudo realizado pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 7.820 microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenos empresários comprova essa relação. De acordo com o levantamento, vender pela internet foi um dos caminhos encontrados por cerca de 70% dos donos desses negócios para driblar a dificuldade financeira por causa do coronavírus. Já mais da metade do faturamento de um terço dos MEIs vem dessa modalidade, segundo os dados da 11a edição do “O Impacto da pandemia do coronavírus nos Pequenos Negócios”.

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Em uma outra edição da pesquisa, dados mostram que o Whastapp é o canal de vendas predileto de 84% dos empreendedores, seguido do Instagram (54%) e Facebook (51%).

O serviço de mensageria também é o mais instalado nos celulares dos brasileiros, presente em 99% dos aparelhos e utilizado diariamente por 86% das pessoas. De acordo com o Panorama mobile Time/Opinion Box, tirar dúvidas, suporte técnico, promoções, comprar produtos e serviços e cancelamento são os principais motivos para os usuários se comunicarem com as marcas.

E-mails, ligações telefônicas e outras redes sociais não foram suficientes para conter os prejuízos. A pane mostrou aos empresários desse segmento a necessidade de elaborar e implementar outras estratégias a fim de evitar perdas e garantir a continuidade do negócio em caso de uma nova paralisação.

Para a especialista em marketing digital Mônika Vieira, da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais (Conampe), investir em um site, diversificar as formas de divulgação na internet e estratégias híbridas de marketing, que vão além do digital, são algumas das alternativas para não continuar refém dos serviços controlados pelo Facebook. No canal do órgão, ela explica que os empreendedores podem, por exemplo, utilizar outras redes, como Linkedin e Twitter, ou pagar pela publicidade em sites. Ações no mundo off-line em eventos e utilização de SMS são outras formas de comunicar e divulgar a marca.

Há profissionais que sugerem a criação de um banco de dados para que a empresa busque ativamente pelos clientes. Outros indicam fazer o cadastro do endereço e telefone no Google Meu Negócio para facilitar a busca de informação pelos consumidores.

Sabe aquela frase do mundo das finanças que diz “Não deposite todos os ovos na mesma cesta”? Pois é. Diversificar nunca fez tanto sentido para quem só utiliza a cesta do Zuckerberg.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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