Grupos de caminhoneiros prometeram neste sábado (16), em uma reunião no Rio de Janeiro, uma nova paralisação a partir de 1º de novembro se suas reivindicações não forem atendidas. Entre elas, está a intervenção do governo no preço do diesel. [1]
Para sinalizar que sua mensagem é séria, as associações de motoristas declararam “estado de greve” de 15 dias. Os caminhoneiros também demandam a “defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete” e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros não apoia a greve. O motivo, segundo o presidente da organização, José da Fonseca Lopes, é o excesso de pautas. “O principal para ser resolvido agora, que é a redução do preço do diesel, acaba se perdendo”, afirmou.
Um dos porta-vozes do movimento é Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores e uma das principais lideranças de caminhoneiros autônomos no Brasil. Ele alegou que a “categoria está na beira do abismo”.
“Hoje ficou decidido que estamos em estado de greve pelos próximos dias. E se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º”, prometeu o caminhoneiro.
O movimento pretende conseguir um compromisso do presidente Jair Bolsonaro com mudanças sólidas, julgando que a proposta do governo de renovar a frota de caminhões é apenas uma estratégia para escapar das questões realmente importantes.