O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão preventiva do ativista Allan dos Santos, dono do canal “Terça Livre”. A informação foi publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” nesta quinta-feira (21) e repercutida em outros veículos. [1][2]
De acordo com a publicação, a decisão é do dia 5 de outubro. Como encontra-se residindo nos Estados Unidos, haveria, inclusive, pedido de extradição, com direito à inclusão do ativista na lista de procurados da Interpol.
Allan dos Santos é investigado no âmbito do inquérito das fake news e das milícias digitais e suspeito de agir de forma coordenada para difamar e atacar instituições democráticas, inclusive o próprio Supremo.
Ele também foi citado em recente relatório da CPI da Pandemia. O “Terça Livre” e um conjunto de websites ligados à mídia alternativa com viés à direita é suspeito de divulgar conteúdos falsos relativos a tratamentos precoces sem evidência científica.
Nas redes sociais, o senador Renan Calheiros (MDB/AL) celebrou o pedido de prisão de Allan dos Santos.
“Apoiamos a prisão e a extradição do Allan dos Santos determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. É a primeira prisão de um dos indiciados da CPI. Fake News, como sustentamos no relatório, também matou muitos brasileiros”, disse no Twitter. [3]
Desde antes da eleição, Allan dos Santos é apoiador do presidente Jair Bolsonaro, relação que se intensificou após o presidente assumir o poder, inclusive com a sede de seu site em Brasília. Ele também é próximo de Olavo de Carvalho.