Ciro Gomes criticou nas redes sociais na manhã desta quinta-feira (4) a posição do PDT, seu partido, na votação da PEC dos Precatórios. A sigla orientou favorável à aprovação do texto-base da proposta apoiada pelo governo, que foi aprovada em primeiro turno no início da madrugada na Câmara dos Deputados. [1]
“Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional”, escreveu Ciro.
O político, por isso, sinalizou que “só resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição”.
A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição.
Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo.
— Ciro Gomes (@cirogomes) November 4, 2021
“Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo. Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”, escreveu.
A PEC apoiada pelo PDT é polêmica porque flexibiliza o teto de gastos e altera regras para o pagamento de dívidas judiciais do governo federal, também conhecidas como precatórios. Sem a PEC, em 2022, o governo federal deve arcar com mais de R$ 89 bilhões em precatórios.
Defensores do governo enxergam a proposta como fundamental para criar o espaço fiscal para o pagamento do Auxílio Brasil, novo programa de assistência social que deve substituir o Bolsa Família.
Orientaram o voto contrário à PEC o PT, MDB, PSB, Podemos, PSOL, NOVO, PCdoB, Cidadania e PV.