O resultado do 1º turno das eleições chilenas deste domingo (21) apontou que o país deve ser comandado nos próximos anos por um presidente com cores ideológicas bem definidas, seja à direita ou à esquerda. [1]
Com mais de 90% das urnas apuradas até a publicação desta matéria, José Antonio Kast, de 55 anos, apelidado por alguns como “Bolsonaro chileno”, do Partido Republicano, constava com mais de 28% dos votos; enquanto que Gabriel Boric, de 35, do esquerdista Convergência Social, com 25%.
Ambas as lideranças são consideradas como expoentes da nova política chilena, com cores e compromissos ideológicos mais fortes do que aqueles defendidos por Sebastian Piñera e Michele Bachellet, que alternaram-se no poder nas últimas décadas.
Dentre as características que marcam Kast estão seu posicionamento contra o aborto, a profissão de fé de seu partido e a valorização da família tradicional. O político também critica a promulgação de uma nova Constituição no Chile, que passará por um referendo após sua finalização. [2]
Boric, por sua vez, é um representante da nova geração de chilenos que ascendeu das ruas crítica às reformas liberalizantes instituídas no governo Pinochet. Entre suas ideias, estão a reformulação da previdência privada por capitalização.
Seu partido, o Convergência Social, fala de feminismo e “projeto histórico socialista” e reforça a importância da diversidade étnica com a instituição de um “Estado plurinacional”. [3]