Paulo Guedes foi apresentado como um “superministro” da Economia, mas sua pasta sofreu um corte de nada menos que metade do seu orçamento para 2022 pelo Congresso. Em publicação desta sexta-feira (8), a Folha de S. Paulo afirmou que o ministério está preocupado com uma possível paralisação de atividades. [1]
O corte de R$2,5 bilhões para a pasta poderia criar problemas já no primeiro semestre do ano, de acordo com a matéria. A equipe do ministério, enxergando no gesto uma retaliação do Congresso ao ministro pela relação turbulenta, procura soluções para as dificuldades iminentes.
A Economia teve um corte de 52% em relação à proposta inicial do governo, desconsiderando a verba do Censo Demográfico, que é um gasto especial, blindado por decisão do Supremo Tribunal Federal. Se o Censo fosse levado em consideração, a pasta ainda seria a mais prejudicada, com um corte de 34%.
A previsão, ainda em meio a um levantamento conduzido pelo ministério, seria de risco de paralisação de atividades já a partir do mês de maio caso nenhuma providência contrária seja tomada. Todas as unidades orçamentárias do Ministério foram afetadas pelo corte.
A Receita Federal, por exemplo, teve uma diminuição de mais da metade dos seus recursos, o que motivou as mobilizações grevistas que vêm pressionando o governo federal. O Ministério da Economia informou que só poderá se pronunciar a respeito após a sanção do presidente Jair Bolsonaro ao Orçamento.