O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Partido Novo, defendeu neste domingo (9) que haja pagamento de indenização às vítimas da tragédia do Capitólio. Um paredão no Lago de Furnas, no município de Capitólio, caiu, causando dez mortes e deixando 32 feridos. [1]
“Essas vítimas, com toda certeza, têm direito a alguma reparação. Agora, o responsável realmente eu não tenho condição de responder agora. Não sei se ali é de propriedade privada ou não”, argumentou Zema, alegando não saber se a usina hidrelétrica de Furnas deve participar do pagamento.
Ao mesmo tempo, Zema defendeu um estudo geológico das estruturas rochosas do Capitólio. O governador está preocupado com o turismo na região, que recebe milhares de visitantes anualmente. Os estudos poderiam sugerir uma distância segura dos paredões de rocha ou interrupção nas atividades do lago em épocas chuvosas.
“A Secretaria de Turismo vai estar colaborando no sentido de que o turismo seja restabelecido de forma segura e que, dependendo da situação climática, esse tipo de atração seja interrompido temporariamente, até que a condição seja de normalidade”, afirmou o governador.
A hidrelétrica de Furnas disse em nota oficial que a gestão do turismo na região é responsabilidade da Marinha e do poder público local. “A empresa esclarece que utiliza a água do lago para a geração de energia elétrica”, não competindo a ela “a gestão dos demais usos múltiplos do reservatório”.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Silva (PP), alegou que “querer apontar um culpado agora é injustiça”. Já a Marinha do Brasil instaurou um inquérito para apurar as causas do desabamento. Em nota, a Marinha também informou ter deslocado as equipes de Busca e Salvamento (SAR) imediatamente para o local. [2]