O presidente da Fundação Palmares, entidade do governo federal dedicada à promoção e preservação “dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira”, defende que a instituição, fundada em 1988, mude de nome.
De acordo com Sérgio Camargo, que se classifica nas redes sociais como “inimigo do politicamente correto”, a fundação poderia ser batizada como Fundação André Rebouças ou Fundação Princesa Isabel.
“Não faz sentido homenagear Zumbi, um líder tirano e escravocrata”, escreveu nas redes sociais no último domingo (9). [1]
Segundo ele, “devemos valorizar quem viveu segundo elevados padrões éticos, cuja biografia é edificante não só para os negros, mas para todos os brasileiros”.
“Zumbi é uma construção ideológica da esquerda. Muito pouco se sabe sobre ele. No entanto, é fato histórico que mandou matar o tio, tinha escravos, sequestrava mulheres e foi um líder tirânico. Se uma máquina do tempo o transportasse para [os] dias atuais, apoiaria ditaduras comunistas”, disse, que ressaltou que a alteração do nome exige aprovação no Congresso. [2]
“O desafio da mudança de nome precisa ser enfrentado nesta ou na próxima legislatura. A Palmares deixou de ser uma senzala, após 30 anos de dominação marxista. Hoje é uma autêntica instituição cultural. O novo nome refletirá essa mudança. Chega de homenagear falsos heróis!”, concluiu. [3]
Camargo é uma das figuras mais icônicas do governo federal. Apesar de acumular mais de 250 mil seguidores no Twitter, coleciona polêmicas em sua trajetória e não é unanimidade nem entre os apoiadores do governo, após criticar Olavo de Carvalho.
A mais recente polêmica, por sua vez, havia sido em dezembro, ao apresentar a nova identidade visual da fundação, escolhida por meio de um edital. Na avaliação de críticos, o novo logotipo removeu elementos africanos da identidade da instituição.