Cresce nos bastidores da política a especulação de que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), poderá a qualquer tempo anunciar formalmente que não pretende concorrer à presidência da República. [1]
Embora nunca tenha admitido publicamente a intenção, é fato que, além de movimentações nos bastidores e declarações de lideranças partidárias, Pacheco foi em eventos do PSD em que, publicamente, foi aclamado como presidenciável por correligionários. Um deles foi no Rio de Janeiro.
Embora tenha sido uma das principais apostas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para as eleições de 2022, haveria já o entendimento, contudo, que dentre os candidatos atualmente postos na corrida eleitoral para presidente, não haveria mais espaço para novos nomes.
Para agravar mais a situação, com o divulgar de novas pesquisas de intenção de voto, cresce ainda a possibilidade de o ex-presidente Lula (PT) vencer a eleição em primeiro turno – o que, por sua vez, reduziria o poder de barganha esperado pelo PSD de negociar uma aliança no segundo. [2]
Caso se confirme a saída de Pacheco do páreo, restará saber a posição que o PSD tomará em primeiro turno. Em outras palavras, se buscará um outro nome para disputar a terceira via, se liberará seus diretórios estaduais ou se poderá começar a negociar a vice-presidência da chapa de Lula, opção que é vista com bons olhos pelos petistas na intenção de construir uma candidatura de espectro ideológico mais amplo.