O ex-governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (23) que retirou sua pré-candidatura à presidência da República pelo PSDB.
Desde as últimas semanas, tinha crescido a pressão dentro do partido para que movimento ocorresse. Doria não tinha o apoio de caciques tucanos e, ao mesmo tempo, amargava alta taxa de rejeição nas pesquisas de intenção de voto.
“Hoje, 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano”, disse o político.
No discurso, Doria agradeceu aos apoiadores e defendeu que o Brasil tenha uma “alternativa” aos eleitores “que não querem os extremos, que não querem aquele que foi envolvido em escândalos de corrupção, nem aqueles que não deu contas de salvar vidas, nem de salvar a economia e que envergonha o nosso país em todo o mundo”.
O tucano também afirmou que “sai [da disputa] como entrou na política, repleto de ideias, com a alma cheia de esperança e o coração pulsante, confiante na força do povo brasileiro, que tem fé na vida, e fé em Deus”.
“Peço desculpas aos brasileiros pelos erros. Se me excedi, foi na vontade de acertar. Se exagerei, foi na pressa em fazer em fazer com perfeição. Se acelerei, foi na urgência que as ações públicas exigem. Os acertos foram fruto do trabalho em equipe, da ousadia, e da coragem e do propósito, de sempre fazer bem feito o que tem que ser feito”, pontuou.
