A aprovação do estado de emergência no Senado, medida que viabilizará a ampliação de gastos públicos e o furo do teto se aprovada na Câmara, contou com apenas um voto contrário: a do senador José Serra (PSDB), de São Paulo.
Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que a medida “se trata de uma bomba fiscal”.
“O pretexto foi defender quem mais precisa, mas isso deveria ser feito de outra forma. O governo enviaria projeto de lei e créditos extraordinários, sinalizando controle e governança. Na verdade, o ‘pacote de bondades’ é eleitoreiro, só vai até dezembro de 2022 e compromete o futuro das contas públicas”, opinou.
O parlamentar também afirmou que a “a perda de credibilidade fiscal vai estimular inflação, juros mais elevados e reduzir os investimentos necessários para a geração de emprego e renda, que é a mais importante política de combate à pobreza de que dispomos”.
Nas redes sociais, influenciadores críticos à medida destacaram que até senadores de oposição votaram favoráveis ao pacote que, na prática, poderá beneficiar o presidente Jair Bolsonaro.
Hoje, fui o único senador a votar contra a PEC 16, aprovada em conjunto com a PEC 1/22, apelidada de PEC Kamikaze. Por esse nome já sabemos que se trata de uma bomba fiscal. Essa PEC viola a Lei de Responsabilidade Fiscal e fura o teto de gastos.
— José Serra (@joseserra_) June 30, 2022