O Brasil perdeu posições em liberdade de expressão segundo um levantamento realizado pela ONG britânica Article 19. [1][2]
De acordo com o Relatório de Expressão Global de 2022, divulgado em junho, o Brasil caiu da 31ª primeira posição no ranking dos mais livres, alcançado em 2015, para o 89º lugar.
A queda de posições representou também, segundo a classificação da entidade, a mudança na categoria do país.
Antes, o Brasil estava no grupo de nações classificadas como abertas; agora, passa a figurar no grupo de países de categoria restrita.
Na América do Sul, ainda figuram como nações abertas a Argentina, o Chile e o Peru. Os países mais mal classificados, por sua vez, são a Colômbia e a Venezuela, nações que receberam a classificação de liberdade de expressão “altamente restrita” e “em crise”, respectivamente.
Razões
Na análise da situação brasileira, a associação internacional relatou que “ataques a jornalistas e profissionais da mídia são alarmantemente comuns” no país.
“A estigmatização da mídia e a polarização a partir do topo do governo brasileiro dificultou o trabalho da mídia. No trabalho de campo, em vez de serem protegidos por suas identificações, os jornalistas são frequentemente escolhidos, assediados e atacados”, pontuou.
A entidade destacou ainda que o “assédio online de Bolsonaro e de seus filhos tem cada vez mais influência” e que “eles são responsáveis por grande parte do assédio online sofrido pela mídia”.
O grupo também avalia que o Judiciário “tem sido um grande reforço contra o Executivo” e uma “força a favor da imprensa”.
O relatório na íntegra pode ser encontrado clicando aqui.