No debate realizado pela TV Bandeirantes na noite deste domingo (7) entre candidatos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi questionado por Vinicius Poit (NOVO) sobre a eventual participação do ex-deputado federal Eduardo Cunha em seu governo.
“Tarcísio, você sempre foi um quadro técnico. […] Mas tem aquela frase: ‘diga-me com quem tu andas que eu direi quem és’. Então a gente precisa saber, e as pessoas perguntam, sobre o porque se aliar e andar em São Paulo com Eduardo Cunha, preso na Lava Jato; porque se aliar e andar em São Paulo com Valdemar Costa Neto, preso no mensalão. […] Por que andar com tanto bandido perto?”, perguntou Poit.
Tarcísio, ex-ministro e candidato do presidente Jair Bolsonaro, usou sua resposta para destacar seu perfil técnico e conquistas do Ministério da Infraestrutura, sem que se tenha, segundo ele, “ouvido qualquer palavra à respeito”, em referência a eventuais suspeições.
Poit, em sua réplica, destacou que o candidato do Republicanos não respondeu sua pergunta.
“Não me preocupa onde estarão os técnicos. O que me preocupa é onde o Eduardo Cunha vai trabalhar nesse governo, onde o Valdemar da Costa Neto vai trabalhar nesse governo. Novamente, pelo técnico que o sr. é, vai um conselho de quem foi eleito o deputado federal mais transparente desse país sem se aliar com nada de ‘toma lá, dá cá’, sem bandido, junto com Holiday, Adriana Ventura e outros deputados que estão aí, liderando a bancada paulista sem abrir mão de nenhum princípio e nenhum valor. O governador Romeu Zema, de Minas Gerais, selecionou tecnicamente todos e já antes da eleição, porque se não você amarra na eleição e como desamarra depois? É assim que eu quero fazer no Estado de São Paulo. Princípios e valores são inegociáveis”, concluiu Poit.
Tarcísio, por sua vez, garantiu que princípios e valores “não são negociáveis e não serão negociados”.
Eduardo Cunha concorrerá, por meio de liminar, a deputado federal em São Paulo pelo PTB. Ele já manifestou apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Valdemar da Costa Neto, por sua vez, é presidente do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.