A ação da Polícia Federal nesta terça-feira (23) autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresários de oposição ao PT que participaram de um grupo de conversas onde especulou-se, em hipótese, a preferência de um golpe de Estado em vez do retorno de Lula, têm sido alvo de críticas por grupos de juristas e de empresários. [1]
Nesta quarta-feira (24), em comunicado oficial, a Associação Comercial do Rio de Janeiro, uma das mais tradicionais associações empresariais do Brasil, manifestou o que chamou de “mais profunda apreensão com o rumo da livre expressão do pensamento no Brasil”. [2]
“É absolutamente irrazoável que conversas em redes privadas – insuscetíveis, por isso, de configurar qualquer ameaça – ainda que em termos veementes, recebam a resposta extremada que sofreram. Quebra de sigilo bancário, congelamento de contas, invasão de residências e de empresas são medidas extremas admitidas, apenas, contra suspeitos de crimes graves, jamais contra manifestações de opinião”, destacou o grupo.
A ACRJ pontuou ainda que não estava emitindo “juízo de valor quanto às opiniões e militância política dos seus representados”, mas que “tem o dever de testemunhar a coragem e a competência de empreendedores que arriscam seu patrimônio e seu trabalho colaborando com a riqueza do país”.
“O Brasil precisa de paz e de harmonia para que possamos construir um futuro de prosperidade e desenvolvimento, com segurança às empresas e empreendedores e temos a convicção de que o STF precisa ser o catalisador desse processo”, afirmou a chamada Casa do Empresário, fundada em 1809.