O Boletim da Liberdade, um dos principais veículos jornalísticos de viés liberal do país, publica neste domingo (25) entrevistas com candidatos a deputado federal dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
A escolha dos candidatos foi feita de forma aberta, permitindo aos interessados a inscrição de forma livre, desde que assumindo um compromisso em defesa do Estado Democrático de Direito, das liberdades individuais e da livre iniciativa.
As respostas foram feitas mediante um formulário de contato e validadas por meio de vídeo de autorização.
Confira, abaixo, a entrevista com os candidatos a deputado federal Antonio Motta, Fernando Holiday e Adriana Ventura, todos por São Paulo:
Boletim da Liberdade: Por que o sr.(a) quer ser candidato a deputado federal?
Antonio Motta (NOVO – 3012): Nosso projeto de Brasil passa por termos políticos 100% ficha limpa, que não recebam nenhum dos privilégios existentes, sem apego ao poder, que queiram uma economia livre e aberta ao mundo, que avaliem fatos e dados com competência e respeito ao dinheiro dos nossos impostos, que não usem nossos impostos para campanhas eleitorais e que todos tenham igualdade de oportunidades. Por acreditar que essas mudanças passam pelo congresso nacional é que quero ser deputado federal.
Fernando Holiday (NOVO – 3055): Durante 6 anos como vereador, dei o meu máximo para melhorar a vida do paulistano. Abri mão de privilégios, relatei e aprovei reformas, revoguei mais de 100 leis burocráticas… acredito ser o momento de levar esse conhecimento e experiência para Brasília e ampliar tudo que já fiz por SP para o Brasil.
Adriana Ventura (NOVO – 3030): Porque em meu primeiro mandato defendi bandeiras importantes, como a responsabilidade fiscal, a liberdade econômica, a transparência na gestão pública, o combate a corrupção, além de atuar nas áreas da saúde e educação. Quero continuar esse trabalho em um novo mandato. Há muito a fazer, as reformas que o Brasil precisa não foram feitas e houve muitos retrocessos no combate à corrupção.
Boletim da Liberdade: Quais pautas e propostas o sr.(a) pretende priorizar caso seja eleito(a) e por quê?
Antonio Motta (NOVO – 3012): 1. Combate à corrupção 2. Redução ou corte dos privilégios de políticos e do judiciário 3. Critérios de avaliação de municípios que não se sustentam. Esses pontos são fundamentais para o resgate da credibilidade dos políticos.
Fernando Holiday (NOVO – 3055): Comprometo-me a defender o combate à corrupção, principalmente com o aprimoramento da ação controlada, lutar pelo fim das cotas raciais com ampliação das cotas sociais. Lutarei pela desburocratização, buscando revogar diversas leis, assim como fiz em São Paulo.
Adriana Ventura (NOVO – 3030): Continuarei lutando pela prisão em segunda instância, pelo fim do foro privilegiado, pelas reformas tributária e administrativa, pelo código de defesa do empreendedor, de autoria da bancada do Partido Novo. Também vou continuar lutando para tornar o SUS eficiente e sustentável, pela educação como atividade essencial e pelo fim do orçamento secreto.
Boletim da Liberdade: De 0 a 10, qual nota o sr.(a) dá à gestão do presidente Jair Bolsonaro e por quê?
Antonio Motta (NOVO – 3012): 5 – Acertou em alguns pontos como a reforma da previdência mas deixou de realizar muitas promessas de campanha e muitas delas que não dependiam do congresso.
Fernando Holiday (NOVO – 3055): 6. Bolsonaro faz uma gestão razoável com alguns aspectos bem ruins. É inegável os avanços com a Reforma da Previdência, a capitalização da Eletrobras e os cortes de impostos em diversos setores. Porém, a forma que lidou com a pandemia foi problemática e isso atrapalhou os planos do governo. O que mais decepcionou foi o afrouxamento do combate à corrupção, com a sanção do Juiz de Garantias e as frequentes mudanças nos órgãos de controle.
Adriana Ventura (NOVO – 3030): Dou nota 6,5. Houve avanços como a reforma da previdência, a MP da Liberdade Econômica, no avanço do Governo Digital, abertura do setor aéreo e outros pontos de melhoria no ambiente de negócios. Também houve muitos feitos na infraestrutura. Mas a reforma tributária poderia ter andado e perdemos uma legislatura sem aprova-la.
Boletim da Liberdade: Há alguns grupos políticos que falam que há ameaças à democracia no ar e outros que a liberdade de expressão está em xeque nos últimos anos. Como o sr.(a) enxerga essas críticas?
Antonio Motta (NOVO – 3012): Essas eleições podem ser sim uma ameaça à democracia caso as forças progressistas e populistas obtenham êxito. Existe sim uma forte interferência, principalmente pelo judiciário, na liberdade de expressão, mas muito por responsabilidade do Legislativo que não se posiciona claramente e não cumpre seu papel constitucional na engrenagem.
Fernando Holiday (NOVO – 3055): Estamos em um momento muito radicalizado na política brasileira, contudo dizer que há uma ameaça à democracia me parece um pouco exagerado. Já sobre a liberdade de expressão, sim me parece ameaçada, ainda mais pelos exageros do STF e do candidato petista colocar em seu plano de governo uma censura disfarçada de “regulamentação”. Precisamos lutar pela liberdade da imprensa e do indivíduo.
Adriana Ventura (NOVO – 3030): Considero que vivemos um momento delicado na relação entre os poderes. O Congresso deixou vácuos legislativos importantes. O judiciário avançou muito em suas competências, praticamente legislando e atuando de forma imprópria na instauração de processos esdrúxulos que, sim, atentaram contra várias liberdades. O executivo, por sua vez, incentivou o divisionismo e perdeu a oportunidade de liderar o país. No entanto, as instituições brasileiras são fortes e não acredito em rupturas na democracia.
Boletim da Liberdade: Caso o sr.(a) seja eleito, pretende propor ou apoiar alguma reforma? Caso positivo, qual ou quais reformas considera prioritárias?
Antonio Motta (NOVO – 3012): Sim. São fundamentais por ordem: (1) Política; (2) Administrativa; (3) Tributária; e outras menos importantes inicialmente.
Fernando Holiday (NOVO – 3055): Caso eleito, defenderei e lutarei pelas reformas tributária, administrativa e política. Além disso, lutarei por uma reforma do Código de Processo Penal para dificultar cada vez mais o alívio das penas com progressão para criminosos.
Adriana Ventura (NOVO – 3030): Sim, vou continuar lutando pelas reformas tributária e administrativa. Precisamos também, rediscutir o pacto federativo e uma reforma política séria.
Boletim da Liberdade: Em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, como sr.(a) pretende se posicionar?
Antonio Motta (NOVO – 3012): Na esquerda não voto, mas o atual presidente me decepcionou em vários aspectos e haverá necessidade de pensar bem pois o Sr. Bolsonaro não é um liberal e não passa de um populista.
Fernando Holiday (NOVO – 3055): De forma alguma apoiarei a volta do ex-presidiário, Lula, ao poder. Em um eventual segundo turno considerava anular, mas estou cada vez mais convicto de que votarei em Bolsonaro.
Adriana Ventura (NOVO – 3030): Eu apoio a candidatura do Felipe D’ávila do Partido Novo. Defendo que as pessoas devam votar por convicção no primeiro turno. Aqueles que incentivam a polarização no primeiro turno fazem um desserviço à democracia. Na semana antes da eleição de 2018, pelas pesquisas, Romeu Zema tinha menos de 10% das intenções de voto. Acredito que o Felipe estará no segundo turno e meu voto será para ele.
Boletim da Liberdade: Por que o liberal deve escolher votar no sr.(a) e não em outros candidatos?
Antonio Motta (NOVO – 3012): Serei aquele que cumprirá todas as falas e propostas aqui colocadas. Credibilidade e coerência. Anos de história de vida na busca de igualdade de oportunidades para que cada cidadão cresça por seu esforço.
Fernando Holiday (NOVO – 3055): Durante toda minha vida política sempre respeitei o dinheiro do cidadão. Não apenas cortei privilégios, como também fiz história. Relatei duas reformas da previdência e quase levei dois tiros por conta disso. Fui o vereador que mais revogou leis na história de SP. Também fui o primeiro a participar de uma ação controlada junto ao MP para me infiltrar, gravar e denunciar um esquema de corrupção envolvendo emendas parlamentares.
Adriana Ventura (NOVO – 3030): Porque demonstrei no meu mandato minha postura a favor do livre mercado, das liberdades individuais e de um Estado enxuto, transparente e focado no que é essencial: saúde, educação e segurança. Além disso, fui a Deputada Federal mais econômica, demonstrando que é possível fazer um bom trabalho com respeito ao dinheiro do pagador de impostos. Fui avaliada como a melhor Deputada pelo Ranking dos Políticos, Cinco Estrelas pelo Legisla Brasil e Cinco Estrelas em transparência pelo Congresso em Foco.