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Lula, o Presidente dos Baianos, de Gil e Caetano

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Lula venceu porque a Bahia lhe deu a vitória. O resultado final do embate nacional entregou a ele 2.139.645 votos a mais e só na Bahia ele conquistou 3.740.787 eleitores mais que Jair Bolsonaro. Os baianos anunciaram o resultado em 2018, quando deram ao candidato Fernando Haddad, por delegação do Lula, o mesmo percentual de votos que entregaram ao titular nesta eleição. Em 2018, Fernando Haddad obteve 72,69% contra 27,31% dados a Jair Bolsonaro. Ontem, Lula conseguiu 72,12% e Bolsonaro 27,88%.

Ora, Jair Bolsonaro não deixou por um momento sequer, depois de eleito, de fazer campanha pela reeleição. Por que não se lembrou da Bahia, gente? Por que não trabalhou com o mapa da eleição de 2018 em cima da mesa onde a Bahia deveria estar traçada com um lápis vermelho ou, se preferisse o presidente, com a cor verde e amarela? Por que razão o presidente não acompanhou a Bahia com uma lupa de pesquisa sobre a percepção dos baianos com relação a ele e ao governo dele?

O resultado eleitoral obtido ontem pelo Presidente Jair Bolsonaro na Bahia mostra que ele, na presidência, contou zero para os baianos. Bolsonaro acredita na comunicação rápida e direta com os eleitores, com preferência para o estardalhaço que produz uma boa polêmica. Tudo isso, sem os elementos fundamentais que as técnicas de estratégia oferecem. Nada, absolutamente nada, no campo da boa estratégia, justifica o Presidente ter deixado sem uma atenção crítica, a Bahia, sua maior derrota em 2018.

Jair Bolsonaro escalou o melhor de seus ministros para vencer em São Paulo e venceu. Esvaziou o Vice-Presidente da República, mas conseguiu tê-lo na disputa pela única vaga que o Rio Grande do Sul disputaria para o Senado. E seu candidato venceu. Jair Bolsonaro e sua esposa Michele ocuparam o Distrito Federal com duas candidaturas relevantes para o Senado e elegeram a ex-ministra Damares. O Senador Flávio Bolsonaro ficou com a responsabilidade do resultado no Rio de Janeiro e deu conta do recado. Um penta-ministro foi deslocado para o Rio Grande do Sul. Lá perdeu a eleição para o governo do estado, mas Jair Bolsonaro obteve mais de 50% dos votos.

Jair Bolsonaro esqueceu a Bahia. Deixou-a por conta dos Magalhães em declínio, no confronto direto com Caetano, Gil e Bethânia.Jair Bolsonaro deixa para os políticos a lição: uma campanha eleitoral sem estratégia é um risco que poderia ser evitado.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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