Em curto pronunciamento realizado na tarde desta terça-feira (1º) no Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou pela primeira vez após a derrota nas eleições do último domingo (30).
Agradecendo os votos que recebeu, Bolsonaro ressaltou que “a direita surgiu de verdade em nosso país” e que “nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores”.
O presidente também destacou que “sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição” e, sobre os atos de caminhoneiros contra a vitória de Lula, afirmou que “são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, sem maiores detalhes.
Bolsonaro, no entanto, defendeu que embora manifestações específicas sejam “sempre bem-vindas”, os “métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”.
Após sua fala, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, falou à imprensa que foi designado por Bolsonaro para auxiliar o processo de transição e confirmou que já houve contato com o PT e que Geraldo Alckmin deverá ser o responsável pelo pelo diálogo com o novo governo.
Confira, abaixo, o pronunciamento na íntegra do presidente:
“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.
A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos a pandemia e as consequências de uma guerra.
Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia; ou as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.
É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira”