A ideia de integrar o sistema financeiro brasileiro ao de países da América no Sul, ou ao menos com a Argentina, ganhou força nos últimos dias com declarações do presidente argentino Alberto Fernández e do ex-chanceler Celso Amorim, assessor direto do presidente eleito Lula (PT).
Em evento realizado no Uruguai por ocasião da Cúpula do Mercosul, Fernandez afirmou que um banco central unificado não seria “nem loucura para o Brasil, nem loucura para a Argentina”.
O presidente argentino tem sofrido desgastes de popularidade em seu governo devido ao aumento da inflação no país. [1]
Ao jornal “O Globo”, Celso Amorim, por sua vez, avaliou que o projeto de uma moeda única é uma “boa ideia”.
“Temos de retomar o espírito integracionista e acho que essa é uma força que pode nos ajudar muito”, destacou. Amorim é cotado para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência da República.[2]
Um dos nomes mais falados para assumir o Ministério da Fazenda, o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também é simpático à ideia.
Em artigo publicado no primeiro semestre, sustentou que a “criação de uma moeda sul-americana é a estratégia para acelerar o processo de integração regional”, bem como um “passo fundamental rumo ao fortalecimento da soberania e da governança regional”. [3]