Enquanto a eleição para a presidência do Senado parece ter um final incerto, com uma disputa acirrada entre o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD/MG) e o estreante Rogério Marinho (PL/RN), a presidência da Câmara parece ter um caminho certo, a reeleição do presidente Arthur Lira, nesta quarta-feira (01/02).
Depois da desistência da candidatura do deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL/SP), tudo indicava que Lira seria candidato favorito, com apoio de um blocão composto por quase todos os partidos da Câmara, da base à oposição, exceto pelo representante do PSOL, Chico Alencar, que também entrou na disputa.
Mas na véspera do pleito, o deputado Marcel van Hattem (NOVO/Rs) anunciou que tentará a eleição à presidência da Casa pela terceira vez. Em coletiva realizada no Salão Verde da Câmara dos Deputados, van Hattem destacou os motivos de entrar na disputa. “Somos uma candidatura que se apresenta à direita e de oposição ao governo e ao PT. Nós achamos muito importante, que dentro da pluralidade que a democracia garante a uma nação, que também seja propiciada aos deputados federais uma alternativa àquilo que uma parte relevante desse Congresso defende”, explicou o parlamentar.
van Hattem destacou especialmente a defesa das pautas anticorrupção que, segundo ele, ficaram esquecidas na legislatura anterior, e reforçou que precisam ser retomadas. O deputado afirmou ainda que o Brasil não pode retroceder em pautas como Reforma Trabalhista, os processos de privatização ou a autonomia do Banco Central. “Precisamos de avanço e, para isso, é necessário uma presidência da Câmara dos Deputados alinhada com o que a população brasileira espera.”
Marcel colocou seu nome já em sua estreia na Câmara dos Deputados em 2019, quando obteve 23 votos. Nesse pleito o ex-deputado federal Rodrigo Maia foi reeleito presidente. Já em 2021, van Hattem recebeu 13 votos, na eleição que conduziu Arthur Lira à presidência.
Agora em 2023 o deputado gaúcho conta com o apoio declarado de seus colegas de partido, Adriana Ventura (NOVO/SP) e Gilson Marques (NOVO/RS), além dos deputados Deltan Dalagnol (Podemos/PR) e Maurício Marcon (Podemos/RS).
