Após 13 anos sem funcionamento, o Canecão, tradicional casa de espetáculos carioca, será administrado pela iniciativa privada e voltará a funcionar. Na última quinta-feira o consórcio Bônus-Klefer venceu a disputa no leilão e apresentou a melhor proposta para o novo projeto. O lance vencedor foi de R$ 4,35 milhões.
Luiz Oscar Niemeyer, presidente da empresa Bônus, acredita que o conjunto de demandas propostas deve ser entregue em até 24 meses, após a assinatura do contrato que deve ser realizada em março. A construção envolverá salas de ensaio, salas de exposição e construção de salas de aula para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nas redes sociais, o vereador Pedro Duarte (NOVO) da cidade do Rio comemorou a concessão. “Temos um vencedor. As forças do atraso trabalharam contra, mas o bom senso prevaleceu. O Rio voltará a ter o Canecão, e o melhor: com recursos e gestão privada”, declarou. Duarte criticou ainda a postura do deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ), após o parlamentar tentar impedir a realização do leilão.
Duarte comentou que “os deputados do PSOL parecem ter mais apreço pelo atraso do que pelos espaços públicos funcionando”, refutou.
O período de concessão do espaço é de 30 anos. O consórcio vencedor, além do valor da outorga, fará intervenções de cerca de R$ 137,7 milhões e investirá em equipamentos culturais. Bônus-Klefer precisará dar contrapartidas para a UFRJ, como a construção de um restaurante universitário no campus Praia Vermelha com capacidade de fornecer 2 mil refeições por dia, além de dois prédios acadêmicos no mesmo campus, por consequência da concessão.
